19 de abr. de 2007

Entrevista com Leonardo Boff

Na entrevista que concedeu com exclusividade para a IHU On-Line, o teólogo Leonardo Boff Sobrino pensa a tarefa da teologia a partir das vítimas e do povo crucificado, "o que exige da Igreja uma clara opção pela vida destes todos. Essa conversão custa muito àqueles estratos da instituição que, de certa forma, se fossilizaram em seu status quo". Renomado teólogo brasileiro, Leonardo Boff foi um dos criadores da Teologia da Libertação e, em 1984, em razão de suas teses a ela ligadas e apresentadas no livro Igreja: carisma e poder – ensaios de eclesiologia militante (3. ed. Petrópolis: Vozes, 1982) foi condenado pela Congregação para a Doutrina da Fé do Vaticano. Deixou, então, a Ordem dos Freis Franciscanos e desde 1993, é professor de Ética, Filosofia da Religião e Ecologia na Universidade do Estado do Rio de Janeiro – UERJ. É autor de mais de 60 livros nas áreas de teologia, espiritualidade, filosofia, antropologia e mística, entre os quais citamos Ética da Vida (Rio de Janeiro: Sextante, 2006) e Virtudes para outro mundo possível II: convivência, respeito e tolerância (Petrópolis: Vozes, 2006). Boff escreveu um depoimento sobre as razões que ainda lhe motivam a ser cristão, publicado na edição especial de natal da IHU On-Line, número 209, de 18 de dezembro de 2006. Eis a entrevista de Leonardo Boff à IHU On-Line, por e-mail.

IHU On-Line - A recente notificação da Congregação para a Doutrina da Fé sobre duas obras de Jon Sobrino coloca novamente em pauta a Teologia da Libertação. Por que motivo esta teologia, que alguns chegam a considerar defunta, continua provocando tanta inquietação?

Leonardo Boff
- Esta teologia está viva em todas as Igrejas que tomaram a sério a opção pelos pobres, contra a pobreza, e em favor da vida e da liberdade. O Fórum Social da Teologia da Libertação, celebrado uma semana antes do último Fórum Social Mundial, em Porto Alegre[1], trouxe 300 representantes de todos os continentes e mostrou a vitalidade desta teologia. A notificação contra Jon Sobrino[2], um dos mais significativos teólogos da libertação, mostra que Roma está reagindo porque, no meu modo de ver, está perdendo a batalha contra a Teologia da Libertação. Os dois documentos, um de 1984 e o outro de 1986, não conseguiram abafar esta teologia. Como ela nasceu ouvindo o grito dos oprimidos e hoje este grito aumentou e virou clamor, ela tem todas as razões para continuar viva. Hoje não apenas os pobres gritam, como também gritam as águas, as florestas, os animais e a própria Terra sob a agressão sistemática do modo de produção e consumo globalizado. Assim, surgiu uma vigorosa ecoteologia da libertação, nascida na América Latina e assumida em muitas igrejas e universidades do primeiro mundo. Jon é incômodo à ideologia vigente no Vaticano, cujo objetivo é articular a Igreja Católica com os poderes emergentes. Ele, Sobrino, pensa a tarefa da teologia a partir das vítimas e do povo crucificado, o que exige da Igreja uma clara opção pela vida destes todos. Essa conversão custa muito àqueles estratos da instituição que, de certa forma, se fossilizaram em seu status quo.

IHU On-Line - Uma das grandes dificuldades da ortodoxia católica com respeito à Teologia da Libertação é a afirmação de uma nova hermenêutica que envolve uma ortopraxis. Jon Sobrino fala em hermenêutica da práxis. Para ele, não há como compreender Jesus fora da prática de seu seguimento. Qual o alcance dessa reflexão teológica e em que medida ela provoca uma mudança na reflexão cristológica em curso?

Leonardo Boff - A teologia mesmo tradicional sempre afirmou que a missão da teologia não se esgota na simples compreensão da fé, mas deve sempre pensar a fé informada pela caridade que leva à prática. De mais a mais não é dizendo "Senhor, Senhor"[3] e fazendo cristologia que estamos sendo fiéis à mensagem de Cristo, mas "fazendo a vontade do Pai" que significa uma prática. Em outras palavras, o que salva de fato não é a ortodoxia, mas a ortopraxia, não as prédicas, mas as práticas. Na América Latina esta exigência de prática se chama "seguimento de Jesus", que implica valorizar sua prática libertadora, escutar sua mensagem especialmente aquela que dá centralidade aos pobres (serão nossos juízes definitivos, segundo Mateus, 25[4]) e compartilhar de seu destino que pode ir da maledicência, passando pela tortura, até a morte. Não é sem razão que a única Igreja hoje que possui mártires desde leigos, religiosos(as), padres e até bispos como Dom Romero[5] de El Salvador e Dom Angelelli[6] da Argentina, é a Igreja da libertação. Jon Sobrino mesmo é um sobrevivente do fuzilamento de toda a sua comunidade jesuítica de El Salvador, 6 confrades, além da cozinheira e sua filha de 15 anos. Salvou-se porque nessa noite estava fora de casa[7]. Toda esta temática que envolve tensões e conflitos não agrada Roma, que sempre busca composições para manter uma paz que é aparente e uma harmonia que é duvidosa.
IHU On-Line - Na recente notificação sobre as obras de Jon Sobrino há um questionamento aos pressupostos metodológicos utilizados pelo teólogo de El Salvador, em particular a idéia da Igreja dos pobres como lugar teológico fundamental. Como situar a centralidade da questão dos pobres na Teologia da Libertação?

Leonardo Boff - Há uma diferença fundamental entre o método convencional de se fazer teologia nos centros metropolitanos de teologia e no Vaticano e o nosso da América Latina. Essa diferença ficou clara na recente Exortação Apostólica Sacramento da Caridade, do atual Papa Bento XVI. Esse documento com mais de cem páginas se estrutura em três partes: a primeira, a Eucaristia objeto de fé; a segunda, a Eucaristia, objeto de celebração; e a terceira, a Eucaristia objeto de vivência. Curiosamente, nesta última parte o documento entra na realidade conflitiva do mundo atual, da fome, das guerras e das ameaças ecológicas. Mas isso nada tem a ver com as duas primeiras partes. Portanto, parte-se de cima para baixo, da fé, da tradição e da celebração litúrgica. Só depois se derivam conseqüências. É uma teologia das conseqüências. Nós, da América Latina, inclusive os documentos oficiais da Igreja latino-americana, como Medellin[8] (1968), Puebla[9] (1979) e Santo Domingo[10] (1992), partimos da última parte, quer dizer, da realidade. Esta não vem apenas referida, mas analisada com os instrumentos das ciências sociais, históricas, antropológicas, ecológicas e pedagógicas. Isso para evitar a mera relação de fatos sem discernir as inter-relações entre eles e suas causalidades. Procuram-se as estruturas que funcionam na base destes fatos e que produzem as contradições. Só depois invocamos a Escritura, a Tradição e o Magistério para iluminar, criticar e ressaltar pontos centrais da realidade que deve ser assumida pela Igreja, no caso, pelas Igrejas. Essa virada metodológica é de difícil aceitação por parte do Vaticano e também das teologias progressistas européias e norte-americanas. Antes de tudo, porque a maioria não sabe fazer uma análise consistente da realidade e depois incorporaria outros olhos, com os quais se lê a realidade e os textos fundadores da fé. O método é mais que método. É uma verdadeira conversão pessoal e institucional. Quando partimos da realidade, encontramos, escandalosamente à vista, os pobres e os oprimidos. Escutamos seus gritos, vemos suas chagas. E aí a atitude básica é aquela de Jesus: miserior super turbas[11]. E sentimos a urgência de nos solidarizar, aliviar suas cruzes e colaborar para que saiam desta anti-realidade. Operar isso é obra das Igrejas da libertação e da reflexão que as acompanha, que é a teologia e a pedagogia de libertação.

IHU On-Line - Ainda na notificação sobre as obras de Jon Sobrino há uma inquietação sobre a ênfase dada pelo autor no Jesus histórico, bem como na sua relacionalidade. Na visão de Sobrino, torna-se problemática a absolutização absoluta de Cristo, ou seja, o esquecimento da dupla relacionalidade de Jesus: com o reino de Deus e o Deus do reino. Está havendo um certo risco de cristomonismo, na tendência em curso de questionamento do "reinocentrismo da Teologia da Libertação e o que isso significa para a Igreja na América Latina?

Leonardo Boff - O risco teológico mais antigo da Igreja Romana é o cristomonismo, quer dizer, a ditadura de Cristo na Igreja e no mistério da salvação. Em primeiro lugar há que se afirmar que Jesus é Filho de Deus e não simplesmente Deus, o que remete para o Pai, que na relação com o Filho faz proceder o Sopro, que é o Espírito. Portanto, a inteira Trindade está presente na história e no processo de salvação e libertação. O conceito mais englobante e ligado à prédiga de Jesus é a categoria Reino que envolve toda a criação, as sociedades humanas e as pessoas para culminar no Reino da Trindade. Dar centralidade ao Reino é sermos fiéis ao Jesus histórico, que não se preocupou com a Igreja, mas com o Reino e, ao mesmo tempo, considerarmos que nada está fora do Reino, categoria globalizadora de todas as instâncias do real. Jon Sobrino tem enfatizado que a construção do Reino se faz sempre contra o Anti-Reino, que é uma energia de oposição e anti-crística que encontra base na realidade e foi ela quem assassinou Jesus Cristo e os mártires de toda a história. A categoria Reino, bem como a categoria de Povo de Deus, não são bem vistas pela teologia institucional de Roma porque relativizam a Igreja e fazem dela apenas Sacramento do Reino, mediação do Reino, pálida presença do Reino no mundo, mas nunca o próprio Reino identificado com a Igreja. Essa humildade de ser apenas a vela e não a chama é difícil para uma Igreja que se auto-finalizou e se considera como uma espécie de galáxia englobando todos os sistemas e subsistemas.

IHU On-Line - Quais são os desafios do pluralismo religioso hoje, para o fazer teológico na América Latina?

Leonardo Boff - O desafio primeiro é reconhecer o fato do pluralismo religioso. Isso não constitui uma patologia ou decadência, mas um dado positivo de realidade. É mais ou menos como a biodiversidade. Terrível seria se, na natureza, houvesse apenas pinus eliotis ou baratas. A riqueza está na biodiversidade ecológica analogamente ao valor da diversidade religiosa. Cada expressão religiosa revela algo do Mistério de Deus e nenhuma pode pretender possuir qualquer monopólio, nem da revelação nem dos meios de salvação. A graça e o propósito salvador de Deus perpassam toda a realidade e são oferecidos a todos. O segundo desafio se prende ao valor que damos a esta diversidade. Já o disse: são formas diferentes de expressar o Mistério, e por isso devemos aprender uns dos outros, nos enriquecermos com as trocas, os diálogos e as buscas de convergências, em vista do serviço espiritual dos povos, alimentando neles a chama sagrada da presença de Deus que está na história e no coração de todos. Temos ainda muito que andar para realizarmos esta tarefa. Mas, pelo menos, não temos ainda guerras de religião e entre fundamentalismos que já estão surgindo entre nós.

IHU On-Line - Em recente artigo, o teólogo Clodovis Boff[12] assinalou que a Conferência de Aparecida não poderá ser a repetição, ainda que atualizada, das Conferências de Medellín, Puebla e Santo Domingo, mas deverá, sim, inovar em sua forma e acento, face aos novos sinais dos tempos. Será o caso? Por quê?
Leonardo Boff - Eu creio que Aparecida deve consagrar a caminhada do magistério das Igrejas latino-americanas, pois não ganhou ainda sustentabilidade e reconhecimento oficial, especialmente por parte do Vaticano. Ai há pontos inegociáveis, como a libertação (Medellin), a opção pelos pobres (Puebla) e a inculturação (Santo Domingo). Mas não basta patinar sobre o mesmo chão. Importa ver quais são os sinais dos tempos hoje e com referência a eles pronunciar uma palavra adequada que tenha o significado de uma boa nova. Os cristãos têm direito de pedir isso a seus pastores. Creio que continua de pé ainda o clamor dos pobres, as desigualdades e injustiças, mas valorizando o que eles estão fazendo em seus movimentos, partidos e articulações de trabalhadores, índios, negros, mulheres. Esses sujeitos históricos se cansaram das elites e resolveram votar em si mesmos e em representantes que vêm de seu meio, assim no Brasil, na Bolívia, no Equador e em outros lugares. Depois, há a urgência que nos vêm do fato de que a Terra vai encontrar um novo equilíbrio aumentando seu aquecimento em até 3-4 graus Celsius, o que pode implicar a criação de milhões e milhões de vítimas e uma fantástica dizimação de seres vivos, emigrações numerosíssimas, destruição de cidades marítimas e outras conseqüências ligadas às mudanças climáticas, gerando fome e sede para milhões por causa da destruição das safras. Todas estas questões estão na ordem do dia das políticas mundiais e deveriam estar na agenda pastoral de nossas Igrejas. Dai a importância de Aparecida estar atenta aos novos sinais dos tempos. Se não estiver atenta aos tempos, como vai ler os sinais dos tempos?

IHU On-Line - Quais são as perspectivas para a 5ª Assembléia da Conferência Episcopal Latino-Americana em Aparecida, depois da notificatio sobre a obra de Jon Sobrino?

Leonardo Boff - Creio que não vai ter muita influência negativa. A condenação de escritos de Jon Sobrino, no meu modo de ver, e isso é acenado por ele mesmo, em sua carta ao Geral de sua Ordem, se deve ao furor condemnandi da Teologia da Libertação, furor presente no grupo latino-americano de Cardeais e altos funcionários da Cúria Romana. Não é mistério a oposição sistemática que fazem o Card. Alfonso López Trujillo[13], Dario Castrillon Hoyos[14] e Lozano Barragan[15] e, não em último lugar, Dom Karl Joseph Romer[16], ex-bispo auxiliar do Rio de Janeiro e agora em Roma, sempre zeloso em identificar erros e heresias possíveis em bispos e em teólogos. Eles estão para se aposentar. Quiseram fazer um agrado ao Papa, limpando o terreno para sua vinda ao Brasil, condenando a Jon Sobrino. Batem nele, mas pensam na Igreja latino-americana que querem reenquadrar no processo persistente de romanização que foi iniciada por João Paulo II e está sendo levada avante pelo atual papa.

IHU On-Line - Quais são as possibilidades e os limites da criação de novos espaços para o exercício da reflexão teológica latino-americana, para uma teologia cada vez mais pública?

Leonardo Boff - Estimo que os leigos devem mais e mais assumir a tarefa da teologia e mais ainda, de salvaguardar a herança de Jesus, contra a mediocrização a que está sendo submetida por uma política vaticana mais carnal que espiritual, mais centrada no poder que no carisma, mais eclesiocêntrica do que reinocêntrica. Eles, como leigos, não estão ao alcance das instituições de vigilância dos órgãos doutrinais do Vaticano. E a maioria está dentro das universidades do Estado e por isso gozam da proteção da liberdade acadêmica e das leis, pois o Vaticano passa por cima até dos direitos mais comezinhos quando quer salvaguardar seus interesses. Houve épocas no começo da Igreja nas quais quase todos os bispos viraram hereges nestorianos. Foram os leigos que salvaram a ortodoxia cristológica e mariológica. Talvez hoje estejamos enfrentando situação semelhante.
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[1] Aqui o entrevistado se refere ao I Fórum Mundial de Teologia e Libertação realizado em Porto Alegre de 21 a 25-01-2005. O II Fórum Mundial de Teologia e Libertação aconteceu em Nairóbi, Quênia, de 16 a 19-01-2007. Sobre esse evento, confira as entrevistas Fórum Mundial de Teologia e Libertação: espiritualidade para um outro mundo possível, concedida pelo frei capuchinho Luiz Carlos Susin ao site do IHU em 15-01-2007, e II Fórum Mundial de Teologia e Libertação, publicada em 09-02-2007. (Nota da IHU On-Line)
[2] Jon Sobrino: nascido em Barcelona, na Espanha, no dia 27 de dezembro de 1938, entrou para a Companhia de Jesus em 1956 e foi ordenado sacerdote em 1969. Desde 1957, pertence à Província da América Central, residindo habitualmente na cidade de San Salvador, em El Salvador, país da América Central, que ele adotou como sua pátria. Licenciado em Filosofia e Letras pela Universidade de St. Louis (Estados Unidos), em 1963, Jon Sobrino obteve o master em Engenharia na mesma Universidade. Sua formação teológica ocorreu no contexto do espírito do Concílio Vaticano II, a realização e aplicação do Vaticano II e da II Conferência Geral do Conselho Episcopal Latino-Americano, em Medellín, em 1968. Doutorou-se em Teologia em 1975, na Hochschule Sankt Georgen de Frankfurt (Alemanha) com a tese "Significado de la cruz y resurrección de Jesús en las cristologias sistemáticas de W.Pannenberg y J. Moltmann". É doutor honoris causa pela Universidade de Lovain, na Bélgica (1989), e pela Universidade de Santa Clara, na Califórnia (1989). Atualmente, divide seu tempo entre as atividades de professor de Teologia da Universidade Centroamericana, de responsável pelo Centro de Pastoral Dom Oscar Romero, de diretor da Revista Latinoamericana de Teologia e do Informativo "Cartas a las Iglesias", além de ser membro do comitê editorial da Revista Internacional de Teologia Concilium. A respeito de Sobrino, confira a ampla repercussão dada pelo site do IHU em suas Notícias Diárias, bem como o artigo A hermenêutica da ressurreição em Jon Sobrino, publicada na editoria Teologia Pública, escrita pela teóloga uruguaia Ana Formoso na edição 213 da IHU On-Line, de 28-03-2007. (Nota da IHU On-Line)
[3] Confira Mateus 7, 21 onde se lê: "Jesus disse: Nem todo aquele que diz: 'Senhor, Senhor', entrará no Reino do Céu. Só entrará aquele que põe em prática a vontade do meu Pai, que está no céu". (Nota da IHU On-Line)
[4] Aqui o entrevistado faz referência ao texto de Mateus 25,31-46. (Nota da IHU On-Line)
[5] Dom Oscar Romero (1917–1980): arcebispo católico, foi assassinado enquanto oficiava missa, na tarde de 24 de março de 1980. Sua dedicação aos pobres, numa época de efervescência social e guerra, converteu-o em mártir. Sobre Dom Romero, confira a notícia El Salvador prepara-se para comemorar martírio de dom Romero, publicada no site do IHU em 17-03-2007. (Nota da IHU On-Line)
[6] D. Enrique Angelelli (1923-1976): assassinado pela ditadura militar por sua defesa da causa dos empobrecidos. Na década de 1970, Angelelli era a figura mais progressista da Igreja argentina. Confira no site do IHU de 05-08-2006, editoria Notícias diárias a notícia Depois de 30 anos de silêncio, Igreja da Argentina homenageia Angelelli, morto pela ditadura. (Nota da IHU On-Line)
[7] Esse episódio aconteceu no dia 15 de novembro de 1988. O jesuíta Ignácio Ellacuría, juntamente com mais quatro companheiros jesuítas e duas senhoras, em San Salvador, El Salvador, foram barbaramente assassinados por terem conseguido fazer da Universidade Centro Americana, confiada à Companhia de Jesus, uma importante força na luta pela promoção da justiça social. Ellacuría era reitor da Universidade Centro Americana. Sobrino, naquele momento, estava na Tailândia, participando de um seminário. (Nota da IHU On-Line)
[8] Documento de Medellín: Em 1968, na esteira do Concílio Vaticano II e da encíclica Populorum Progressio, realiza-se, na cidade de Medellín, Colômbia, a II Assembléia Geral do Episcopado Latino-Americano que dá origem ao importante documento que passou a ser chamado o Documento de Medellín. Nele se expressa a clara opção pelos pobres da Igreja Latino-Americana. A conferência foi aberta pessoalmente pelo papa Paulo VI. Era a primeira vez que um papa visitava a América Latina. (Nota da IHU On-Line).
[9] A Terceira Conferência Geral do Episcopado Latino-Americano realizou-se em Puebla, México, no período de 27 de janeiro a 13 de fevereiro de 1979 e reafirmou a opção pelos pobres feita em Medellin. Foi convocada pelo Papa Paulo VI, confirmada por João Paulo I e inaugurada pelo Papa João Paulo II. O tema desta conferência foi "Evangelização no presente e no futuro da América Latina". (Nota da IHU On-Line)
[10] A Quarta Conferência Geral do Episcopado Latino-Americano realizou-se em Santo Domingo no período de 12 a 28 de outubro de 1992. A Conferência foi convocada e inaugurada pelo Papa João Paulo II. A convocação colocou em evidência o quinto centenário da evangelização da América. O Papa propôs à Conferência os temas "Nova evangelização, a promoção humana e a cultura cristã". (Nota da IHU On-Line)
[11] Confira Mateus 9, 36: "Jesus, vendo as multidões, teve compaixão, porque estavam cansadas e abatidas como ovelhas que não têm pastor". (Nota da IHU On-Line)
[12] Clodovis Boff: teólogo e filósofo brasileiro, doutor em Teologia pela Universidade de Louvain, Bélgica. Sua última obra é Introdução à Mariologia. Petrópolis: Vozes, 2004. (Nota da IHU On-Line)
[13] Alfonso López Trujillo: cardeal colombiano, presidente do Pontifício Conselho da Família do Vaticano. (Nota da IHU On-Line)
[14] Darío Castrillón Hoyos: cardeal colombiano, foi Prefeito da Congregação para o Clero antes de D. Cláudio Hummes. É ex-secretário-geral e ex-presidente do CELAM (Nota da IHU On-Line)
[15] Javier Lozano Barragán: cardeal mexicano, presidente do Pontifício Conselho para a Pastoral dos Agentes Sanitários da Cúria Romana, o que na prática equivale a dizer que é um "ministro da saúde". (Nota da IHU On-Line)
[16] Dom Karl Joseph Romer: cardeal suíço, secretário do Pontifício Conselho para a Família. Foi auxiliar de D. Eugenio Sales na Arquidiocese do Rio de Janeiro. (Nota da IHU On-Line) (Fonte: http://www.unisinos.br/ihu)

4 comentários:

Anônimo disse...

anonimo escreve: PELO AMOR DE DEUS COMO É HEREGE ESSE TAL DE LEONARDO BOFF... E TEM BURRO QUE SEGUE ESSE LOBO VESTIDO COM PELE DE OVELHA... QUE DEUS NOS GUARDE!!!!

Anônimo disse...

Boff pode até ser um teologo competente, mas de católico não tem nada. Se ele é contra a teologia católica pregada por Roma, por que não funda sua própria Igreja e para de perseguir os católicos?

Quem quiser seguir a Boff que o siga e passe bem.

Eu fico com o Papa e com a Igreja de sempre.

Anônimo disse...

VEJAM QUEM É LEONARDO BOFF;


Foro new age reune seitas brasileiras por "uma nova religião planetária"

BRASILIA, 2006-12-12 (ACI).- A Rede Internacional de Estudo das Seitas (RIES) informou sobre a realização de um foro "new age" que reuniu nesta cidade representantes das diversas seitas brasileiras com o objetivo de "construir uma nova religião planetária", destacando a participação do controvertido teólogo Leonardo Boff. A RIES informou que o I Foro Espiritual Mundial contou com a participação de mais de 50 entidades, e teve entre seus principais conferencistas o próprio Leonardo Boff, que participou como "membro do Comitê da Carta da Terra, um manifesto panteísta elaborado pelo Conselho da Terra para substituir o Decálogo (os 10 Mandamentos)".

Entre os conferencistas também figuraram Nestor Masotti, presidente da Federação Espírita Brasileira (Fev); Raúl do Xangô, da Tradição Africana; Sheikh Nasser Abou Jokh, do Centro Islâmico da Brasilia, e Timothy Mulholland, Reitor da UNB (Universidade da Brasilia)".

Entre os participantes, a RIES indicou também a presença da Associação internacional para a Consciência de Krishna, a Sociedade Teosófica do Brasil, Soka Gakkai, Seicho-no-ie, Ananda Marga, Oomoto, a Igreja Messiânica Mundial do Brasil, a Igreja do Santo Daime, o Instituto Krishnamurti, a Igreja de Unificação (ou seita Moon) na figura da Federação Inter-religiosa Internacional pela Paz, e a Associação das Famílias para a Paz.

Também estiveram presentes grupos neopagãos como a Associação Brasileira de Arte e Filosofia da Religião Wicca (ABRAWICCA), e outras iniciativas de estilo New Age como a Organização Nova Consciência ou a Universidade Holística Internacional. O articulista da RIES, Luis Santamaría, denunciou que "estão se multiplicando os encontros e plataformas de pretendido ‘diálogo inter-religioso’, nas que participa uma variada mistura de representantes de grupos de todo tipo, onde se confecciona uma cesta em que cabe tudo, e do foro se faz uma feira. Assim de simples, e assim de preocupante. A linguagem é descafeinada para valer tudo, e em vez de falar de religião, repete-se constantemente a palavra ‘politicamente correta’ de espiritualidade".


PURA NOVA ERA, AINDA BEM QUE O PAPA JOÃO PAULO II SEPAROU ESSA BATATA PODRE, CASO CONTRÁRIO HOJE O SACO TODO TERIA APODRECIDO, MAS MESMO FORA DO SACO ELE CONSEGUE APODRECER MUITAS DELAS, POIS SEU VENENO É TÃO PESTILENTO QUE A BATATA QUE NÃO É MUITO SAUDÁVEL ( FÉ) NÃO RESISTE... LEIAM O ARTIGO ACIMA E TIREM SUAS CONCLUSÕES, PODE ALGUEM ASSIM SER CATÓLICO????

Anônimo disse...

SR. LEONARDO BOFF: Se o Senhor quer fazer caridade, faça com o seu dinheiro,forme seu sindicato, pois voce tem cara de sindicalista, e ainda de nmeia tigela... Os socialistas são todos ricos e defendem a causa dos pobres, incrivel não é???