6 de mai. de 2007

Uma Nova Canção…

Tenho aprendido e tentado aplicar à minha vida a política do silêncio. Acho que a experiência me ensinou que em determinados momentos o gesto silente é muito mais eficaz do que dar vazão a palavras pois estas, muitas vezes, vêm acompanhadas de sentimentos nem sempre nobres...
Mas, diante de algumas questões, principalmente aquelas que envolvem princípios, questões de caráter, respeito, virtudes básicas que pelo menos nos meus áureos tempos de escola ainda nos ensinavam, é impossível ceder, e as palavras tornam-se armas poderosas, aliadas na luta por um mundo justo, um mundo melhor.
Hoje, elas tomam vazão em defesa de alguém que sequer conheço, mas as vestes da justiça não têm olhos, e nem estes são necessários pois a consciência é algo que nos fala com sapiência e neste instante a balança da revolta pesa mais que a da indiferença, já que esta canção que hoje ouvi não é tão nova assim...
Hoje contamos com inúmeros meios de comunicação, uma evolução louvável, mas que precisa ser disciplinada, como tudo na vida, uma vez que liberdade em excesso acaba se transformando em anarquia.
Nem tudo que se prega, fala, nem tudo na vida é 100% bom ou ruim, com algumas exceções neste “reino tão universal”... Metáforas à parte, voltemos ao cerne na questão...
Há anos uma mesma canção toca no rádio e na TV... E a cada dia seu coro se enche de vozes, silenciando outras apenas por ter mais potência. Nada de errado, o ser humano é livre, até mesmo para escolher ser escravo novamente, escravo desta canção que soa como um disco arranhado, cantarolando as mesmas melodias, melodias que soam como sofismas diante de tão deturpada imagem de que apenas naquele pedaço de céu existe salvação.
Mas que $anto$ são esses? $anto$ que falam por Deus, que sabem de suas vontades? Que acreditam que a morte é uma forma de retirar do cenário alguém que os incomode, alguém que não testemunha da mesma loucura e alienação? Que vêm a morte como um castigo, e não como a porta para a vida eterna? $anto$ que se julgam Deus... Anjos que se julgaram Deus... Acho que podemos estabelecer aqui um paralelo...
Hoje a canção que me revolta é a da leviandade... dos $anto$ da nova meca que, em busca de Ibope e de novos sócios jogam palavras em rede nacional como se estivessem a ler uma receita de bolo. Usam neologismos, descartam a filosofia, a teologia, acreditam que seus escritos de ABC, meros manuais de auto-ajuda, são superiores que as próprias Encíclicas Papais. Reduziram a igreja a acampamentos, onde legiões de pessoas vão em busca de cura e libertação, distorceram a liturgia, transformaram o altar num palco para seus shows, transformaram os templos em galpões...
O que ainda está por vir? Acho que só mesmo eles sabem, já que assumiram o papel de canal aberto com Deus...
Waleska Melo

3 comentários:

Anônimo disse...

Felipe Aquino jamais agiu como Waleska diz. As insterpretações que se fizeram foram equivocadas, ele já se explicou e pediu desculpas pelos transtornos causados devido à violação de seu sigilo eletrônico.

Waleska Melo não conhece a Canção Nova ou não gosta dela só por questões ideológicas.

Anônimo disse...

essa Waleska é muito burra....

Anônimo disse...

Leiam e reflitam, achei muito oportuna o artigo desse jornalista


A Cruz e a encruzilhada
por Carlos Reis em 07 de maio de 2007

Resumo: Bento XVI tem a Cruz para orientá-lo. Que não se perca do resto do rebanho abençoando Lula e sua quadrilha fingida.

© 2007 MidiaSemMascara.org


O portador da Cruz estará no Brasil neste 9 de maio. O Papa virá em nome da Cruz de Cristo trazendo uma mensagem que nunca antes foi tão esperada, tão ansiosamente aguardada não só pelos católicos mas por toda a comunidade cristã sadia. Nunca também um Papa teve tanta responsabilidade por seus discursos e atos. Nunca a Igreja esteve tão ameaçada como nestes tempos de globalização. Dele se espera uma posição firme em defesa de sua própria Igreja.


A propósito de sua visita, o Instituto Datafolha antecipa que a legião dos fiéis católicos brasileiros minguou 10%, e que apenas 9% dos católicos admitem que suas vidas foram influenciadas pela religião católica. Em vista desses números ruins para a missão do Papa e para a missão evangelizadora da Igreja, é de se perguntar a ele, Bento XVI, porque ocorre isso. Dependendo de sua resposta, se ela houver – o que não seria de se estranhar dado o descolamento de Sua Santidade do mundo real brasileiro para além dos institutos de pesquisa, seus jornais, seus governantes –, a Igreja terá vencido ou não seu maior inimigo: o comunismo de sempre.


Armando Valladares, desde seu exílio nos Estados Unidos, teme que o Papa seja enganado e permaneça surdo aos apelos desesperados não apenas de cubanos encarcerados, mas de todo o povo latino-americano que espera ouvir da boca do Cardeal Ratzinger um sonoro e corajoso não às pretensões hegemônicas do comunismo. De fato, a Igreja está numa encruzilhada: ou bem opera em favor de si mesma negando a Besta comunista, exaurindo-a de sua fonte de poder – o rebanho –, ou a ela se rende de vez, confirmando o Pacto de Metz e a Ação Social da Igreja do longínquo Leão XIII e sua Rerum Novarum. Sempre achei que ali, no final do século XIX, a Igreja cavava um fosso ou uma vala comunicante com o ideário comunista da época e sua demanda de justiça social, melhores condições de trabalho, mais humanitarismo nas relações do capital e do trabalho, etc. Ao aderir ao discurso socialista, ainda que para bem delimitá-lo em seu próprio e reduzido campo, à época, se valendo então da diferenciação essencial que separa a Igreja Católica e o comunismo, mesmo assim a Igreja absorveu o discurso e a prática que veio, quase um século depois, a contaminar de morte o Concílio Vaticano II e seu iníquo Pacto de Metz. Então Inês era morta... duas vezes morta.


O próprio Papa João Paulo II, apesar da sua luta contra o totalitarismo nazista e soviético, veio nos seus últimos anos de vida a condescender com os comunistas que a partir daí não encontraram mais freios e contrapesos à sua altura e à sua ação revolucionária. Aqui na América Latina os exemplos foram e são mais gritantes. O trabalho evangélico da Igreja desmoronou nas mãos de socialistas infiltrados no seu seio – veja-se o caso escandaloso das Católicas pelo Direito de Decidir, uma ONG abortista instalada no próprio edifício físico da CNBB, a indicar o grau de comprometimento e de infecção da CNBB. A ação dissimulada, cheia de bons propósitos, de lobo em pele de cordeiro, ora sob o disfarce da social-democracia, ora em nome do próprio Demo vermelho, confundiu e enganou João Paulo II, doente demais, inocente demais para perceber a existência do maligno. Seu escudeiro, à sua sombra, obrava limitadamente, politicamente, corretamente para os cânones da política internacional. O resultado foi o crescimento do Mal encarnado; abriu-se um abismo quase intransponível de conhecimento das causas do fracasso evangélico e uma inércia quase invencível para uma reação reparadora.


Eis a imensa tarefa desse Papa: decidir-se pela expulsão ou excomunhão dos comunistas do seio da Igreja, denunciando-os à sociedade sem voz e vez, defendendo-a das agendas do aborto, do homossexualismo, da vida fútil e preguiçosa, e de todas as formas do relativismo moral. Além disso, outra tarefa se impõe: recolher seu rebanho de volta; um rebanho perdido, confuso, sob o jugo de outro senhor, o maligno comunismo sedutor, pagador de contas e profeta de mundos melhores aqui na Terra mesmo.


Por tudo isso, considero essa visita papal como fundamental para a sobrevivência da Igreja como um todo. Dependendo da ação do Papa, saberemos a que veio Ratzinger e para que serve a Igreja do século XXI. Chega de concordatas. É o que pedimos, porque nem o Papa pode perdoar o comunismo – pois que este ataca a sociedade. Não há aqui que se confundir o perdão pessoal da mão assassina que atenta contra uma vida, ainda que santa de generosidade e amor. Bento XVI tem a Cruz para orientá-lo. Que não se perca do resto do rebanho abençoando Lula e sua quadrilha fingida. Não aceitaremos um novo pacto: a permissão do comunismo em troca de um Santo.